Sayyid Qutb, O Socialismo-Marxista E A Vanguarda Leninista Revolucionária

O estimado estudioso, (Shaykh) Rabi’ bin Haadi al-Madkhali, que foi o autor de inúmeras obras em refutação de heresias e extremismo de o pai de todos os grupos takfiri modernos, apontou em 1995 a exposição de elementos da ideologia Comunista de Qutb bem como as suas actividades revolucionárias Leninistas.

Shaykh Rabi’ afirmou em “al-Awaasim Mimmaa Fi Kutub Sayyid Qutb Min-Qawaasim” (Pág. 38, 1ª impressão, 1995):

“Segundo: Esta tashri (legislação) que Sayyid Qutb atribui ao Islão (referindo-se aqui a alguns aspectos do socialismo-marxista relacionados com a confiscação de riqueza dos ricos para a redistribuição entre os pobres que Qutb permitiu), ele tomou isso emprestado (ou seja copiou) dos princípios do Comunismo e do Ocidente (mabaadi) e teoremas (nadhariyyaat) que se tornaram espalhados em sua vida. Na verdade ele próprio costumava embeber (tais princípios e teoremas) que permaneceram constantes em sua mente e no seu intelecto no momento em que ele escrevia em nome do Islão. Especialmente quando ele escalou o auge da revolução de Nasserite Taaghuti que em sua aplicação, centralizasse em torno do Socialismo, baseado no teorema de Sayyid Qutb e seus tipos, aqueles que tinham misturado o Socialismo Marxista com o vestuário do Islão, e pelo qual o Islão e os Muçulmanos foram triturados.

E na nota final, o Shaykh adiciona a isto:

“E (O Movimento dos) Oficiais Livres, no topo deles Jamaal Abd an-Nasser costumavam ser estudantes, aprendendo dos livros de Sayyid Qutb, e ele (Qutb) costumava formar parceria com eles em planejar a revolução. Consulte o livro “Sayyid Qutb min al-Milaad Ilaa lstish.haad” (Pág. 299-304) e antes destas páginas, e também o livro “Sayyid Qutb al-Adib an-Naaqid” (Pág. 105-107)”

Observações semelhantes foram feitas muitos anos mais tarde por escritores não-Muçulmanos. Como por exemplo, Ladan e Roya Boroumand escreveram em um artigo intitulado “Terror, Islam e Democracy” (Terror, Islão e Democracia), Journal of Democracy 13.2 (2002) 5-20:

“Como Mawdudi e vários totalitários Ocidentais, ele [Qutb] identificou a sua própria sociedade (no caso dele, forças policiais Muçulmanas contemporâneas) como entre os inimigos que uma minoria virtuosa, ideologicamente auto-consciente, minoria de vanguarda teria que lutar por todos os meios necessários, incluindo (a) revolução violenta, de modo que uma sociedade nova e perfeita pudesse surgir. A sua sociedade ideal era uma sem classes em que o “indivíduo egoísta” de democracias liberais seria banido e a “exploração de homem por homem” seria abolida. Somente Deus a governaria através da implementação da Lei Islâmica (shari’ah). Isto era Leninismo em um vestido Islâmico.”

Enquanto que Qutb possa ter críticas contra o Comunismo e Socialismo em suas obras, isto não nega o facto de que ele foi influenciado por as mesmas na formulação de algumas de suas ideias.

Membros contemporâneos da Irmandade Muçulmana reconhecem que Qutb foi influenciado pela metodologia revolucionária Leninista. Ibrahim al-Houdaiby escreve em um artigo “Four Decades After Sayyid Qutb’s Execution” (Quatro Décadas Após A Executação de Sayyid Qutb” (a ênfase em negrito é nossa):

“Em “Milestones” Qutb apresenta um manifesto para mudança, um fortemente influenciado por Lenin “O que é para ser feito,” com uma Islamização clara de suas noções básicas. Ele argumentou que a sociedade estava sofrendo de “jahiliyyah” (um estado de ignorância que precedeu a revelação do Islão) e que, consequentemente, não há espaço para meio-termo entre Islamitas e suas sociedades.”

Embora ele tenha reconhecido tanto, al-Houdaiby faz uma tentativa muito miserável para defender Sayyid Qutb, tentando absolvê-lo do radicalismo, e tentando da mesma forma absolver a Irmandade Muçulmana em geral, da responsabilidade da propagação do extremismo de Qutb, estranhas para as ideologias do Islão.

Paul Berman escreve em um artigo publicado no New York Times, 23 Março 2003:

“Os poucos tiveram que se reunir juntos a eles próprios naquilo em que Qutb chama em “Milestones” de vanguarda – um termo que ele deve ter emprestado de Lenin…”

Em “Sayyid Qutb: O Pai de Al-Qaida”, publicado no “The Independent” em Agosto 2006, Daniel Martin cita de Lawrence Wright observando sobre o livro “Milestones”:

“…O seu tom de toque apocalíptico pode ser comparado com o Contracto Social de Raousseua e O Que É Para Ser Feito? de Lenin – com as mesmas consequências sangrentas.”

Rod Dreher escreve em “Dallas Morning News (27 Agosto 2006):

“O que é para ser feito? – Lenin questionou famosamente sobre a Rússia Czarista. Qutb respondeu à mesma questão sobre o Ocidente, em parte, “Milestones”, uma extensão com o estilo Leninista defendendo a revolução Islâmica mundialmente.”

Estas são apenas uma selecção de observações feitas por escritores, muitos anos depois do que Shaykh Rabi’ escreveu, no início e meados da década dos anos 90, em respeito às origens não- Islâmicas do extremismo de Qutb.

Fonte: http://www.islamagainstextremism.com/

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